As Mulheres e a Agricultura

 As Mulheres e a Agricultura
O dia 8 de março é internacionalmente conhecido como o Dia da Mulher. Instituído a partir da proposta de Clara Zetkin em uma conferência internacional de mulheres em 1910, em Copenhague na Dinamarca, esta data representa a luta das mulheres por igualdade nos ambientes social, político e mercado de trabalho. Nos últimos tempos, muitos discursos sobre igualdade entre os sexos tomam forma e recebem aplausos pelos esclarecimentos sobre o tema, trazendo novamente o assunto para que possamos refletir e, enfim, agir pelo fim da opressão feminina nas suas mais diversas formas.

O discurso de Emma Watson, atriz e embaixadora da ONU Mulheres, sobre o feminismo foi incisivo e de suma importância para que o assunto tomasse dimensões maiores e voltasse a receber relevância e visibilidade. No discurso, Emma discutiu algumas ideias, entre elas, a necessidade dos homens se libertarem do preconceito e aderirem ao feminismo junto às mulheres.

É indiscutível que com o tempo algumas mudanças já foram percebidas. Um grande exemplo disso está no meio rural, onde as mulheres tem se destacado e mostrado suas infinitas capacidades, na busca por altas produtividades na lavoura, contribuindo, não apenas para a construção de uma sociedade mais igualitária, mas também fazendo a diferença para alimentar o mundo. Como modelo desta nova realidade que vem se desenhando, o SEA/RN orgulha-se em compartilhar hoje o grande orgulho de ter em seus quadros da diretoria e de suas associadas histórias das Engenheiras Agrônomas do Rio Grande do Norte, que desde a infância são verdadeiras historias de superação quando decidiram cursar agronomia e hoje exercem a profissão por todo o estado sejá nas empresas privadas, pubicas, ong's, cooperativas, nos seus proprios empreendimentos ou na pesquisa, onde foram despertando a paixão pela agricultura e o orgulho pela profissão.

O trabalho diário delas no campo não permite rotina, é sempre um dia diferente do outro. A Engenheira Agronôma que atuam com extensão rural desenvolve suas atividades em toda extensão do estado (Alto Oeste, Assu/Mossoró, Sertão do Apodi, Seridó, Central, Mato Grande, Trairi, Potengi, Terras Potiguares, e Grande Natal), o que dá a elas a oportunidade de ter acesso a informações e realidades distintas, uma vez que cada territorio de nosso estado possui a sua particularidade.
Um dos maiores desafios na trajetória das engenheiras agrônomas foi enfrentar as dúvidas em relação a sua capacidade de trabalho, desafio esse superado à medida que, através do trabalho apresentado, elas conseguiu comprovar o contrário, recebendo reconhecimento como profissional do meio agronômico e quebrando antigos paradigmas. “Fatores esses que se devem a aceitação e expansão do mercado de trabalho” e o aumento no numero de Engenheiras Agrõnomas no campo.  
 
A Engenheira Agrônoma Lindalva Dantas Diretora de Mulheres do SEA/RN, frisa que “Agronomia vai muito além do lidar com o solo e com a terra. A habilidade da agrônoma é de uma forma geral, muito ampla, pois trabalha com a interação dos três reinos: animal, vegetal e mineral trazendo manutenção de recursos naturais renováveis e ambientais”. Ao falar do seu dia a dia no campo Lindalva complementa: “Visito com muita frequência propriedades agrícolas no Alto Oeste no municipio de Alexandria, treino equipes de colaboradores, oriento nossos clientes, faço montagem de jardins na capital Natal, entre outras coisas”. Para ela “produzir é muito mais que adubar e corrigir o solo; é preciso pensar em água, espaçamento das plantas, mecanização, perfil de solo, variedade certa para cada área, cuidar de pragas e doenças, tentar driblar a seca e o uso racional dos recursos hidricos...”.
Lindalva acredita que “Os profissionais do futuro serão aqueles voltados para a multidisciplinaridade envolvendo tecnologias de precisão, associadas com a tecnologia da informação, visando agregar valor às cadeias produtivas em geral e com o olha na qualidade de vida do homen do campo e da cidade”.
Esta é uma data cheia de significado para as mulheres do mundo todo e, aos poucos, a desigualdade entre os gêneros vai dando lugar a uma sociedade com mais oportunidades e igualdade de generos. Esta é uma homenagem do Coletivo de Mulherers do SEA/RN  ao Dia Internacional das Mulheres.